Se você não é um leitor ávido por contos precisa conhecer Alice Munro. Se você nem é um leitor ávido, também precisa conhece-la. Essa canadense ganhadora do Prêmio Nobel de literatura vai mudar o rumo da história.
Ela é intensa, espirituosa, sutil, apaixonada. Cada narrativa se encerra em si mesma, florescendo na cabeça do leitor. Nesta quarta coletânea de contos, há histórias sobre as relações e os emaranhados sentimentos femininos: a doença do pai, o passado pobre que envergonha a esposa diante do marido; o homem casado que, diante de uma fatalidade, resolve assumir uma nova vida com a amante; o marido que não se sente mais atraído pelo corpo envelhecido da mulher, a preocupação com os filhos, a beleza de cada fase da vida.
Paixões desesperadamente concebidas, afeições traídas, casamentos estabelecidos e desfeitos: as alegrias, os medos, os amores e os despertares femininos ecoam ao longo dessas doze histórias inesquecíveis, trazendo à tona a dor excepcional – e ainda inescapável – do contato humano.
" Muitas vezes fico com alguns versos de um poema passando na minha cabeça e não sei como começou. pode ser um poema ou uma rima que não sabia que conhecia e não precisa ser algo que corresponda ao que acredito ser meu gosto. às vezes não presto a menor atenção, mas às vezes sim, em geral consigo perceber que o poema, ou um pedaço dele que ficou na minha cabeça, tem alguma relação com o que está acontecendo na minha vida. E que pode não ser o que parece estar acontecendo."
As luas de Júpiter retrata mulheres que, embora aparentemente frágeis, revelam personalidades surpreendentes e corajosas, enfrentando com lucidez a vida, suas alegrias e pesares, suas lutas e decepções. São criaturas de uma autora que nunca cega seu olhar para o que pulsa e vive. Cada uma dessas mulheres poderia ser nossa amiga, nossa mãe ou filha, irmã ou tia. Poderíamos ser nós mesmas. Alice Munro é uma professora de empatia.
TÍTULO: As luas de Júpiter
AUTORA: Alice Munro
EDITORA: Biblioteca Azul
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